São Sebastião - Padroeiro dos Gays


São Sebastião (França, 256 d.C. – 286 d.C.) originário de Narbonne e cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano. O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino, venerável (que seguia a beatitude da cidade suprema e da glória altíssima).

De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se dum cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal, a Guarda Pretoriana.

Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é comemorado em 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas.

Existem inconsistências no relato da vida de São Sebastião: o edito que autorizava a perseguição sistemática dos cristãos pelo Império foi publicado apenas em 303 (depois da Era Comum), pelo que a data tradicional do martírio de São Sebastião parece precoce. O simbolismo na História, como no caso de Jonas, Noé e também de São Sebastião, é visto, pelas lideranças cristãs atuais, como alegoria, mito, fragmento de estórias, uma construção histórica que atravessou séculos.e um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal, a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia).

Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar algum ceticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.

Não surpreende, evidentemente, a escolha deste santo como padroeiro dos homossexuais. Basta olhar à maioria das expressões artísticas que o retratam. Há quem diga, também, que Sebastião, jovem oficial romano, teria um relacionamento com o próprio imperador e, depois de conhecer Jesus (Evangelho, cristianismo), optou por renunciar tal pecado, tendo sido isso o verdadeiro motivo de perseguição e morte cruel, sofrida por ele. Misturam-se aqui, sem dúvida, elementos da história, da tradição e da lenda.

Os gays da Bahia elaboraram, em 2000, um manifesto, no qual proclamam solenemente São Sebastião o seu protetor e patrono. Seja qual for a história real deste santo, podemos chegar a uma conclusão clara e segura. Se acreditamos que Deus nos ama (no seu amor misericordioso e misterioso) e, ainda, acreditamos (com a Igreja) na comunhão dos santos, temos certeza de que nenhum daqueles que já alcançaram a glória da eternidade seja capaz de ter sentimento diferente daquele que está vivo no coração de Deus. E se Ele encarregou estes seus santos a serem nossos protetores e guias, não há nada de errado em venerar São Sebastião como padroeiro.

Existem, aliás, outros santos que a “comunidade católica gay” reconhece, também, como intercessores e a sua história como exemplo: São Sérgio com São Baco (mártires do século IV). Sérgio e Baco integravam o exército do imperador romano Maximiano (286-305). Era um casal gay respeitado pela própria Igreja, segundo o polêmico e premiado livro "Cristianismo, Tolerância Social e Homossexualidade", publicado em 1980 por John Boswell (1947-1994), historiador da Universidade de Yale (EUA). Defensores da Igreja acusaram Boswell de forçar a barra em seus estudos sobre os arquivos históricos da Igreja. O livro era visto como panfletário, ou seja, interessava à militância homossexual forjar santos gays. Quem apoiou o historiador dizia que a igreja adulterou os arquivos antigos para esconder registros sobre a homossexualidade dos dois.
O fato é que São Sérgio e São Baco viraram ícones do movimento gay, inspirando artistas. Suas imagens servem à defesa da união civil entre pessoas do mesmo sexo, cujas cerimônias são seladas com a leitura da oração dos dois santos. Eles têm até um dia: 7 de outubro.